segunda-feira, 28 de junho de 2010

Quanto precisamos?

O quão distante é preciso ir
para viver uma vida roubada
milimetricamente inventada
sem que se sinta a culpa de mentir?

São necessárias quantas ilusões
para que se torne verdade
essa versão utópica da tua história
que destoa de toda tua realidade?!

Quanto tempo ainda te falta
Até tua máscara cair
para que aceites de volta a velha vida
E pares então de fugir de ti?

O que te faz pensar
Que devemos ao mundo
E a todos que nele circulam
Mais do que eles puderam nos dar?

Analise o teu redor
Só assim conseguirás entender
A angústia que te corrói
E o vazio que não consegues preencher

Saberás então
Que se esquivar da própria essência
É a maneira mais longa e tola
De se livrar dessa dormente torpeza

Sendo o que não és
Esquecendo o que já se foi
fantasiando o aqui e o agora
sem se importar com o amanhã e o depois

domingo, 27 de junho de 2010

Domingos!



Nos meus domingos, a melancolia chega cedinho de manhã, avisando que eu posso demorar um pouquinho mais na cama e continuar enrolada nos meus lençóis e devaneios.
Nos meus domingos, o céu vai descolorindo, deixando cinza o seu azul e tudo mais que reluz em minha volta. Nos meus domingos, a placidez e a tristeza predominam aqui dentro, dando uma sensação de vazio e de conforto ao mesmo tempo.
Nos meus domingos, um processo de sinestesia se inicia, e os aromas viram cores, as cores evocam melodias e as melodias despertam cheiros, até me remeter ao cheiro do seu corpo que eu sentia naqueles dias em que você acordava ao meu lado, com beijos e segredos ditos baixinho no seu ouvido; em que eu te amava devagarzinho e sempre; em que o tempo nos sabotava, passando mais rápido quando ficávamos juntos.
Naqueles dias, em que os domingos não eram meus e encontrar você não se limitava a uma conexão de sinapses e nostalgia.

domingo, 20 de junho de 2010

O Amor é assim...


Que tal um pouco mais de amor, respeito e consideração já que a vida é tão fugás e daqui nada se leva a não ser o espírito? Então seria bom plantarmos sementes sadias e regarmos com amor até que vire uma bonita flor, e dessa flor, nascer outra flor.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Quem somos?



Ouça bem meu caro,não que eu queira te frustrar,mas aos poucos descobrir,
a duras penas descobrir, que o mundo em que vivemos é feito de percepções.

Na realidade pouco importa quem você é, e a pergunta seria: “Como as pessoas te percebem?”

Afinal, falar de si, meu camarada, é apenas mais uma percepção, é revelar tendenciosos fragmentos, escolhidos a dedo, pra ficar “bem na fita”.

Portanto, te pouparei do meu discurso egocêntrico e narcisista, mesmo porque você já deve ter sua visão a meu respeito.

Mas de fato preciso dizer: muita coisa é só conversa do povo! Ah... e pouco pareço com a foto ao lado!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Só o tempo.

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebe também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o "alguém" da sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.

O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Talvez!!


Talvez, eu devesse ter dito algo. Mas, meu orgulho me privou da minha eloqüência peculiar e me impediu de dar algum sinal indicativo de que eu ainda o queria por perto. Porque, apontar mais uma vez seus erros e poucos acertos transformaria meu discurso em um pleonasmo enfadonho, e eu já tinha feito uso de todas as minhas figuras de linguagem tentando apontar o caminho das pedras.

Então, você preferiu construir um amor novo a tentar emendar o nosso.

Achou melhor abrir feridas em outros corações, porque os da gente já estavam estilhaçados demais com tantas inverdades ditas com o único propósito de machucar, numa disputa interminável para vencer discussões que não levariam a lugar nenhum, a não ser ao nosso fim.

E eu pensei que não fosse agüentar. Tornou-se insuportável vê-lo ocupar um lugar que não aquele que eu tinha reservado para você, ao meu lado.

Meu coração vacilava e diminuía o pulso com cada tentativa inconsciente sua de nos destruir e se afastar de mim. Mas, eu resisti.

E, agora, você não entende enquanto eu tento mostrar que, remendar os pedaços que sobraram de nós não dá nem para formar um romance clichê de sessão da tarde.

domingo, 6 de junho de 2010

Eu não sou de ninguém eu sou de quem me quer bem!

Essa idéia de que a gente tem uma alma gêmea a ser encontrada, uma pessoa que vai nos completar e nos tornar inteiros faz sentido, é verdade! (…) Muitas pessoas passam a vida acreditando que enquanto não encontrarem essa tal metade, não podem ser inteiramente felizes, completamente realizadas ou que sua existência jamais fará pleno sentido.

Isso não é exatamente uma verdade. O fato é que amar é um privilégio e uma oportunidade maravilhosa de nos tornarmos pessoas mais evoluídas e satisfeitas. Mas somos seres absolutamente completos. Nascemos dotados de todas as ferramentas que precisamos para sermos felizes, independentemente de com quem estamos, onde e quando estamos…

A felicidade é uma escolha pessoal, um dom que desabrocha de dentro de cada um, um exercício diário, uma busca que se faz só. Viemos ao mundo para uma missão que só pode ser realizada por nós mesmos e por isso nascemos únicos, singulares e individuais.

As pessoas com quem nos relacionamos, as que escolhemos para amar são nossas companheiras de jornada, são presentes e facilitadores que Deus nos enviou para tornar nossa caminhada mais leve e prazerosa. Mas não são, nunca, de forma alguma, a nossa felicidade, a nossa realização, a essência de nossa vida.

Percebo que, muitas vezes, entorpecidos por um sentimento genuíno de amor, confundimos o que somos com o que o outro é. Atribuímos a nossa felicidade e a nossa razão de existir ao outro e perdemos a referência de nosso real valor.

Assim, passamos a acreditar que sem o outro não poderíamos nos sentir tão bem, que sem o outro toda a beleza e toda a alegria estariam perdidas, como se tudo de bom (e de ruim também) não existisse – antes de em qualquer outro lugar – dentro de nós mesmos!

É isso: tudo o que somos, sentimos e vemos, tudo o que entendemos como mundo é reflexo do que temos dentro da gente. Assim, se somos felizes ao lado de alguém que amamos é porque nos tornamos capazes de sentir felicidade e de amar. E se somos tristes e insatisfeitos, também é porque estamos exercendo nossa capacidade de sentir tristeza e de não nos satisfazermos com o que temos.

Dessa forma, creio que está mais do que na hora de compreendermos que podemos, sim, nos tornar melhores através do amor que trocamos com alguém, mas que não é o outro que nos faz melhores e sim nós mesmos que nos permitimos crescer e ser melhor.

Ninguém é de ninguém porque não somos coisas. Somos pessoas e pessoas são eternamente ímpares. É o que cultivamos e alimentamos em nós que nos faz ser como somos. A única pessoa que temos e por quem realmente somos responsáveis é a gente mesmo.

Portanto, sugiro que você comece a se apropriar de sua felicidade como mérito seu, assim como de suas tristezas e insatisfações. E a partir de então, poderá abrir mão das pessoas, desapegar-se, compreender que o amor que você sente por alguém não torna esse alguém seu, mas apenas um companheiro de aprendizagem e de importantes descobertas.

E na mesma medida, poderá exercer todos os seus dons e suas capacidades a fim de tornar a sua vida e a das pessoas que caminharem ao seu lado pela longa estrada da vida muito melhor, mais inteira e, sem dúvida, mais verdadeira!