Xico Sá é o Chico Buarque Cearense, em minha opinião bem melhorado. Xico nasceu no Ceará no interior brabo chamado Cariri. Chegou a Recife pequeno e residiu vários anos na capital pernambucana. Jornalista e escritor iniciou sua carreira escrevendo no Diário de Pernambuco, lançou vários textos e livros,sempre muito irreverente Xico gosta de registrar sua paixão por um bom rabo de saia.
Hoje Xico mora em SP atualmente escreve para vários jornais como,Folha de São Paulo,Diário de Pernambuco,O Tempo (BH),entre outros e ainda arruma tempo para escrever seus livros que já chegam a oito de autoria própria e mais alguns como co-escritor.
Todas as mulheres que conhecem Xixo Sá como eu,sempre dizem que ele é o homem mais interessante do mundo,em uma conversa com ele eu perguntei:
-Xico o que você tem para fazer as mulheres pagarem o maior pau pra você?
-Xico:Se eu te contar você nunca vai entender,sabe porque?
Porque você é mulher!!!!!!
Nessa hora eu só fazia rir,claro!!!
Sim, homem é frouxo, só usa vírgula, no máximo um ponto e virgula; jamais um ponto final.
Sim, o amor acaba, como sentenciou a mais bela das crônicas de Paulo Mendes Campos: “Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar...”
Acaba, mas só as mulheres têm a coragem de pingar o ponto da caneta-tinteiro do amor. E pronto. Às vezes com três exclamações, como nas manchetes sangrentas de antigamente.
Sem reticências...
Mesmo, em algumas ocasiões, contra a vontade. Sábias, sabem que não faz sentido prorrogação, os pênaltis, deixar o destino decidir na morte súbita.
O homem até cria motivos a mais para que a mulher diga basta, chega, é o fim!!!
O macho pode até sair para comprar cigarro na esquina e nunca mais voltar. E sair por ai dando baforadas aflitas no king-size do abandono, no Continental sem filtro da covardia e do desamor.
Mulher se acaba, mas diz na lata, sem metáforas.
Melhor mesmo para os dois lados, é que haja o maior barraco. Um quebra-quebra miserável, celular contra a parede, controle remoto no teto, óculos na maré, acusações mútuas, o diabo-a-quatro.
O amor, se é amor, não se acaba de forma civilizada.
Nem no Crato...nem na Suécia.
Se ama de verdade, nem o mais frio dos esquimós consegue escrever o “the end” sem uma quebradeira monstruosa.
Fim de amor sem baixarias é o atestado, com reconhecimento de firma e carimbo do cartório, de que o amor ali não mais estava.
O mais frio, o mais “cool” dos ingleses estrebucha e fura o disco dos Smiths, I Am Human, sim, demasiadamente humano esse barraco sem fim.
O que não pode é sair por ai assobiando, camisa aberta, relax, chutando as tampinhas da indiferença para dentro dos bueiros das calçadas e do tempo.
O fim do amor exige uma viuvez, um luto, não pode simplesmente pular o muro do reino da Carençolândia para exilar-se, com mala e cuia, com a primeira criatura ou com o primeiro traste que aparece pela frente.
E vamos ficando por aqui, pois já derrapei na curva da auto-ajuda como uma Kombi velha na Serra do Mar... e já já descambarei, eu me conheço, para o mundo picareta de Paulo Coelho. Vade retro
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