sábado, 7 de fevereiro de 2009

Eu sou assim...

Longe de ser o modelo da pessoa perfeita e distante mais ainda dos que me mal dizem.
Vez por outra, mal interpretada e não ouvida. Ainda, que com seus vinte e poucos anos, tentam me decifrar com palavras alheias e desvendar meus atos com fatos não vividos.

A falha geralmente é constante.

Os meus "eus" se perpetuam de uma forma irreversível e sempre distinta do meu modelo. Às vezes penso que não sou a primeira versão, sim várias cópias de distintas traduções. Como gostam de me traduzir. E em cada nova versão, de boca-em-boca, vou pelo ouvido do povo me distanciado de mim.

É, meu caro, no mundo das imagens você se torna uma reprodução. Perfil feito, elaborado por seres diversos, não adianta mudar, não adianta agir.
Os homens, hoje em dia, não se fazem mais pelos seus atos, a lei dominante é o dom da persuasão.

O mais engraçado é: quem acredita ter tal dom pensam que os outros não os sabem, os taxam de alienados, a ironia beira o sarcasmo.

Traduzir-me? Seria apenas uma versão bastante tendenciosa. E por mais que me perguntem quem eu sou, jamais me revelaria por completo, me limitaria a fragmentos soltos, para que, como em um quebra-cabeça, vocês se dar ao trabalho de os unir e novamente montar as suas traduções.

É nessas tantas traduções soltas pelo mundo que vocês acham que me descobririam aos poucos?
Seria o que eu sou?
Depende da forma que você me contar, do seu imperativo de poder, de você me convencer que eu sou quem você pensa.

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